domingo, dezembro 20, 2009

OS OUTROS HONORÁVEIS




FHC, em sucessivas tentativas fracassadas, tenta ganhar espaço e visibilidade no cenário político nacional. Como uma múmia tentando sair do sarcófago, o ex-presidente, ex-ministro e sociólogo busca uma fresta por onde passar e entrar em evidência novamente. Já tentou vários motes, fez ataques aos pronunciamentos do Presidente Lula, tentou desqualificar os avanços sociais no Governo Lula, tentou ligar a imagem do Presidente Lula ao autoritário Chávez, mas nada disso deu certo. Não teve eco e o povo ignorou os ataques ao seu Presidente.
Uma das mais patéticas aparições de FHC foi no Programa do Jô Soares. Na ocasião FHC riu e ironizou o que seria uma ignorância do Presidente Lula, por esse ter definindo a crise de “uma marolinha”. FHC, sem nenhum cuidado, disse que o Presidente Lula não sabia o que estava dizendo.
Por último às voltas e combinado com Caetano Veloso deflagrou outros ataques a Lula, mas, sem respaldo da credibilidade popular, o povo ignorou o que ele falou e repreendeu Caê (notório honorável da corte de ACM), até dona Canô ficou a favor de Lula.
FHC, um ego doentio, não desiste de querer ganhar visibilidade, agora se agarrou, tardiamente, no caso Estadão VS. Família Sarney (entrevista no Estadão de 20/12/2009). Só agora FHC viu que o Estadão está sendo censurado de forma prévio e que essa medida é vergonhosa e atenta contra a liberdade de expressão democrático e fere o princípio republicano de publicidade sobre as coisas públicas. Só agora viu que crime contra a coisa pública não é coisa de vida privada, íntima, mas questão pública e que deve ser tornada pública. Crime é crime. Estado de direito todos tem iguais direitos e deveres, assim mesmo é a regra para quem cometeu atos ilícitos.
Qual a verdadeira pretensão de FHC dessa vez? A liberdade de imprensa? Não! É mais uma vez atacar o governo Lula, pois atribui a censura ao Estadão como coisa do governo Lula. Vejamos: “ Fui presidente, ministro, a crítica sempre incomoda. Mas a função de quem está na mídia é criticar, e de quem está no governo é entender a função da mídia”. Ora, é nítido como ele liga “quem está no governo” com a censura imposta ao Estadão. Por que ele não disse: a Família Sarney?
E logo em seguida joga mais veneno: “Mas não pode, como agora, antes de qualquer coisa, dizer que você não pode entrar em tal matéria. Me parece absurdo”.
Covardemente omite o nome dos Sarney e fala de “como agora”, que traduzindo quer dizer no período do Governo Lula. O que é isso?
FHC, por falta de originalidade e flagante desgaste da sua imaginação sociológica, repete copiosamente a fórmula do seu algoz eleitoral Jânio Quadros. FHC simplesmente trocou ocultas por culturais para explicar a existência de terminados arquétipos da nossa vida política. Vejamos: “Que forças são essas?
Forças culturais. Isso vem da nossa cultura, que é formada numa visão onde a separação entre o público e o privado é confusa, onde o favoritismo, o clientelismo e o arbítrio permanecem como uma tendência. Aqui a ideia de quem pode pode, quem não pode se sacode é generalizada.” Por que não falou do mandonismo e deu nome aos mandões, que participaram ativamente em seus dois governos? Que covardia!!!
Enfim, FHC deixou a veia sociológica e enveredou pelo humorismo: “Infelizmente, dada a anestesia no Brasil, a reação é pequena. Deveria ter sido maior. Estamos vivendo um momento difícil porque vem junto com a expansão da economia. Como é o mercado que rege a sociedade no Brasil, infelizmente, o resto fica obscurecido. É uma pena. Espero que agora, com a eleição, a sociedade desperte um pouco mais.”
Só pode ser piada. FHC agora é anti-doutrina neoliberal, está criticando o mercantilização da vida!



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